TEM A CERTEZA QUE PRETENDE APAGAR A CONTA?
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BABYLOOP

Revenda de artigos de puericultura

Carrinhos, berços, camas de bebé são objetos que os pais investem quando nascem os primeiros filhos mas que rapidamente se tornam ‘monos’ lá em casa. E que tal vender esses objetos? Há 220 mil agregados familiares que os promotores do BabyLoop consideram que poderão beneficiar da oferta deste novo projeto de economia circular criado pelos fundadores do Book In Loop e Carolina Patrocínio. “Tal como na Book in Loop, em que a poupança era de 80% para quem comprava e vendia, também na BabyLoop é para estes valores que apontamos”, promete Ricardo Morgado, gestor do BabyLoop, em entrevista ao Dinheiro Vivo.

 

Vão arrancar com um novo projeto de economia circular, o BabyLoop O que motivou esta aposta?

 

A ideia partiu da Carolina Patrocínio. Ela foi mãe de três meninas em apenas quatro anos e, com isso, acabou por acumular muitos equipamentos de puericultura, como carrinhos, berços e alcofas. Recentemente, ela sentiu necessidade de arranjar uma solução sustentável para esses equipamentos, que servisse não só os seus propósitos como os de todos os pais e, assim, nasceu a ideia base: uma plataforma que aposta na economia circular, possibilitando a venda e compra de equipamentos de bebé de forma simples e rápida, com garantia de qualidade, como se fossem comprados novos.

 

Depois da ideia surgiu o desafio de operacionalização e é aí que entramos: a Carolina já conhecia a Book in Loop e, através de uma pessoa próxima de nós, acabou por surgir a primeira conversa. Calhou bem, até porque estávamos precisamente a estudar novas áreas onde o framework de economia circular que criámos com a Book in Loop pudesse funcionar. Logo nessa conversa percebemos que a nossa forma de trabalhar e a visão da Carolina faziam um “fit” muito positivo e pusemos mãos à obra e hoje está aí a BabyLoop. A experiência de maternidade da Carolina, que nós não temos, e sobretudo a forma como sentia este problema, acaba por ser muito semelhante ao que sentíamos há uns anos relativamente aos manuais escolares, quando tínhamos acabado de sair do secundário.

 

Os bens de puericultura são dispendiosos e são utilizados durante muito pouco tempo, já que as crianças crescem muito rapidamente. Por isso, fazia falta uma solução inteligente para estes equipamentos, que fosse benéfica tanto para quem não quer ter mais filhos, como para quem quer continuar a alargar a família mas quer estar sempre atualizado, com os equipamentos mais recentes do mercado, e a BabyLoop traz isso: os pais podem vender, por exemplo, um carrinho de passeio e daqui a dois anos, quando tiverem um outro filho, podem comprar outro carrinho mais recente e a um preço acessível.

 

Qual o potencial mercado que antecipam para este projeto?

 

Todos os pais têm equipamentos guardados em casa, pelo que o potencial de mercado é enorme e, quando começámos a analisar este mercado, rapidamente percebemos isso. Basta ir ver a quantidade de anúncios nos marketplaces tradicionais ou mesmo em grupos nas redes sociais. Em Portugal, estimamos que existam cerca de 220 mil agregados com aquilo que chamamos “Perfil BabyLoop”, ou seja, que já se sentem confiantes com modelos de e-commerce e percebem que a reutilização com qualidade é uma forma inteligente de consumo. Temos uma boa capacidade de comunicação e a qualidade do serviço é excelente, pelo que estamos muito confiantes com o projeto e com os benefícios que trata às famílias.

 

Quando anunciámos o nome e o conceito do projeto nas redes sociais, recebemos cerca de 15 mil subscrições nas primeiras 24 horas, o que foi incrível e demonstra bem o interesse das famílias neste tipo de soluções.

 

Que tipo de produtos vai disponibilizar? Que poupanças os pais podem antecipar com este projeto?

 

A BabyLoop terá, inicialmente, produtos de puericultura pesada – carrinhos, berços, alcofas, camas, trios, etc -, de grande qualidade. Quem quer vender algum equipamento, envia fotografia do mesmo para a BabyLoop e nós, num espaço de algumas horas, faremos uma avaliação do mesmo e diremos quanto pagamos por esse equipamento. Se o vendedor aceitar, envia o equipamento, deixando numa loja Continente ou solicitando recolha em casa e, depois, o equipamento passa por processos de certificação de qualidade e limpeza. Caso preencha os requisitos, é fotografado de forma profissional e passa a constar no site para compra. Serão aceites produtos de marcas como Chicco, Cybex, Bebe Confort, Quinny, entre outras, mas sempre com foco em equipamentos de qualidade.

 

A nossa intenção é praticar preços cerca de 50% abaixo do preço do produto novo. Em certos produtos a proposta de valor pode ser ainda melhor. E, claro, estes produtos quando adquiridos podem ser novamente vendidos na BabyLoop. Ou seja, tal como na Book in Loop, em que a poupança era de 80% para quem comprava e vendia, também na BabyLoop é para estes valores que apontamos.

 

Têm alguma parceria implementada para facilitar as entregas de produtos nas casas dos compradores?

 

Temos uma relação muito forte e positiva com a Sonae MC, já desde 2017, com a Book in Loop, e que, agora, continua com a BabyLoop. A Sonae claramente acredita em modelos circulares, o que nos tem permitido ter uma proposta de valor muito positiva e competitiva, através de uma grande rede de pontos de entrega e dos benefícios que conseguimos dar aos nossos utilizadores em cartão Continente. Qualquer pessoa que queira enviar um equipamento para nós pode deixa-lo numa loja Continente: no início teremos 87 pontos de recolha por todo o país, sendo a rede alargada posteriormente. Basta irem ao nosso site e confirmar qual o ponto de recolha mais perto. No caso de compra, o equipamento é enviado ao domicílio. Como nova parceria – e excelente -, neste início da BabyLoop temos a MBWay, que tem sido gamechanging nas formas como encara o e-commerce em Portugal. Quem fizer compras na BabyLoop pode fazer o pagamento por multibanco, cartão ou MBWay. A MBWay irá oferecer uma série de benefícios aos utilizadores BabyLoop, por exemplo, nas primeiras mil recolhas ao domicílio.

 

Fontes: