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Porto Cidade Circular

A cidade do Porto está a trabalhar para ser uma cidade circular até 2030.

 

 

Transformar o Porto numa "cidade circular" até 2030 é o foco da estratégia autárquica em curso. Sendo este um processo transversal à sociedade, multissetorial e cultural, compete ao Município criar as condições para o envolvimento pleno dos múltiplos atores da mudança, desde empresas a universidades, centros tecnológicos e de investigação, ONG e cidadãos em geral. Foi esta realidade, traduzida em ações concretas, que Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara do Porto, levou esta semana a uma conferência internacional sobre Economia Circular.

 

Organizada pela LIPOR e a rede ACR+, com o apoio da Smart Waste Portugal, a conferência "As Regiões, as Cidades e as Empresas promovendo a Economia Circular" permitiu apresentar no Auditório EDP várias dinâmicas que estão a ser implementadas por distintos agentes. Filipe Araújo, também responsável pelo pelouro da Inovação e Ambiente, interveio no painel "Exemplos de Estratégias de Economia Circular na Europa (as Cidades)". A par do exemplo do Porto, foram conhecidas as estratégias de Génova, Bruxelas e Maribor.
 
Na sua intervenção, o vice-presidente destacou, entre outros aspetos, o "Roadmap para a Economia Circular do Porto", cuja primeira versão foi lançada no final de 2017. Este projeto - coordenado pelo Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (BCSD), em parceria estreita com a LIPOR - teve como objetivo identificar oportunidades e definir as linhas orientadoras de um programa que exige visão de longo prazo. 
 
Com efeito, a formação da cidade circular é algo complexo, que pede tempo, cooperação e cocriação. Neste contexto abrangente, o Município é chamado a dar o exemplo, mediante ações concretas: as preocupações de circularidade na aquisição de bens e serviços; o apoio às empresas na transformação dos desafios ambientais e sociais em oportunidades de negócio; ou a sensibilização dos munícipes para fazerem escolhas mais informadas são vertentes da iniciativa tomada pela Câmara do Porto.
 
A par deste trabalho interno, a autarquia tem procurado garantir uma presença ativa no contexto europeu e nos diferentes fóruns onde tem participação: por um lado, procura absorver as boas práticas e o trabalho amadurecido de outras cidades congéneres; por outro, tem voz num lobby ativo que visa melhorar os pacotes legislativos da União Europeia e as oportunidades de financiamento, atendendo às necessidades especificas das cidades nesta matéria.
 
Esta participação está a fazer-se, por exemplo, através da rede Eurocities (que representa 38 países e cerca de 130 milhões de residentes), da qual o vice-presidente da Câmara do Porto é vice-chair e em cujo manifesto de candidatura (aprovado por unanimidade) o Porto identificou desde logo a Economia Circular como uma das prioridades. Esta posição tem levado à produção de 'positions papers' face aos pacotes legislativos da UE para este tema e à subsequente criação de uma "task-force da rede Eurocities para a Economia Circular".
 
Uma outra forma de participação ativa no contexto europeu está a fazer-se através da integração da Partnership da Economia Circular no âmbito da "Urban Agenda para UE". Esta parceria tem como objetivo submeter à UE um plano de ação para a Economia Circular que permita inspirar e orientar o desenvolvimento de melhor legislação, melhor financiamento e maior partilha de conhecimento. Seis autoridades municipais (Oslo, The Hague, Prato, Porto, Kaunas e Flanders), quatro estados-membros (Finlândia, Polónia, Eslovénia e Grécia), a Comissão Europeia e outras organizações como o CEMR (Council For European Municipalities and Regions), EUROCITIES, URBACT e EIB (European Investment Bank) fazem parte deste plano de cooperação. Neste projeto, o Porto coordena a agenda sobre "Simbiosos Industriais".

 

Fonte: Porto.