Com o objetivo de conter a poluição causada pela utilização de máscaras descartáveis, uma empresa francesa está a converter este equipamento de proteção em plástico para utilizá-lo no fabrico de viseiras.
A empresa Plaxtil, sediada Châtellerault, França, aperfeiçoou um processo para transformar resíduos em diferentes objetos. Desde final de junho, mais de 50 mil máscaras foram recicladas e transformadas em plástico usado no fabrico de viseiras ou ‘abridores de portas’.
“Vimos a chegada das máscaras e principalmente da poluição associadas a essas máscaras. Estavam por todo o lado, nas ruas, na natureza”, disse o cofundador da startup especializada em reciclagem têxtil, Olivier Civil. Assim, para evitar essa poluição, a empresa decidiu desenvolver um processo que permitisse dar uma segunda vida às máscaras.
Primeiro, as máscaras recolhidas são colocadas em “quarentena” por quatro dias. “Normalmente, apenas dois dias são suficientes, mas permanecemos cautelosos”, explicou Olivier Civil. Em seguida, as máscaras passam “pelo triturador” antes de se passarem por 30 segundos por radiação ultravioleta, de forma a garantir uma descontaminação completa e fiável.
Na última etapa do processo, este material é misturado com uma resina que vai permitir que se torne num material duro. Depois de reciclado, o plástico pode ser usado para fabricar todos os tipos de objetos, por moldagem, mas para já a empresa está a fabricar produtos úteis ao combate do coronavírus.
Desde o final de junho, foram produzidos entre dois mil e três mil produtos feitos com base em máscaras descartáveis recicladas.
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