Simbiose industrial caracteriza-se como sendo um ramo da ecologia industrial onde é sublinhando o potencial de abordagens baseadas em "integração de sistemas".
Com foco na partilha de serviços (transporte e infraestrutura) e resíduos/subprodutos (resíduo de uma indústria utilizado como matéria-prima de outra de forma a "fechar o ciclo"), o desenvolvimento e a criação de redes simbióticas de cooperação entre empresas permite uma diminuição do consumo de materiais e energia.
Kalundborg, na Dinamarca, é considerado o modelo pioneiro, e o exemplo paradigmático, de simbiose industrial.
Este modelo vem a evoluir gradualmente desde 1962 quando se iniciou a parceria entre o município de Kalundborg e a empresa Esso (atual Statoil) no fornecimento de água. Da inicial cooperação ligações mais estreitas foram surgindo. A proximidade física facilitou os contactos e resultou num espirito colaborativo entre empresas, cooperando, comprando e vendendo resíduos entre si, num ciclo fechado de produção industrial.
Impulsionadas pela volatilidade e custos de materiais e de energia este é um sistema de iniciativa de base, empresarial, contando contudo com o apoio do município de Kalundborg. Atualmente são identificadas mais de 30 trocas de água, energia e outros subprodutos entre o município de Kalundborg e outras 7 entidades (Novo Nordisk, Novozymes, Gyproc, Dong Energy, Statoil, Kara/Novoren, Kalundborg Forsyning A/S).
Embora ese seja o caso paradigmático no que toca a simbiose industrial existem já vários outros exemplos em todo o mundo, nomeadamente:
- Austrália (Kwinana e Gladstone)
- Puerto Rico (Guayama)
- Hawaii (Campbell Industrial Park)
- Coreia (Ulsan)
- Áustria (Estíria)
- Holanda (Porto de Roterdão)
- Reino Unido (Programa nacional de Simbiose industrial)
- China (Área de Desenvolvimento Tecnológico e Económico de Fuzhou; Zona de Alta Tecnologia de Xi'an; Área piloto de economia circular de Qaidam; Área de Desenvolvimento económico e tecnológico de Tianjin).