A sua iniciativa "Correio Verde" alia a conveniência (fácil de usar, sem necessidade de peso) à ecologia. Todas as embalagens envelopes e pacotes são produzidos com materiais reciclados e materiais ambientalmente amigáveis (por exemplo tintas não tóxicas), com design específico concebido de forma a permitir a sua reutilização, ou seja, permitem o prolongamento do ciclo de vida dos materiais empregues e a redução dos inputs produtivos.
Além dessa ação e, como em média ainda assim cada objeto entregue pelos CTT leva à emissão de 13,1g de CO2, a compensação das emissões carbónicas da gama de produtos Correio Verde, fez-se através de um processo de consulta pública pioneiro em Portugal, onde foi dada a oportunidade ao público de escolher dois projetos, financiados pelos CTT. A votação pública ocorreu através da página Esfera CTT, no Facebook. Assim atualmente os CTT financiam um projeto nacional de conservação das trufeiras da Serra da Freita e um projeto internacional de reflorestação em Moçambique, ambos escolhidos pelo público, bem como outro projeto internacional de fabrico de cerâmicas com recurso a biomassa no Brasil. A iniciativa foi um sucesso em termos de participação: 39.000 utilizadores registados (dos quais 13% estrangeiros) e 1.200 eleitores on-line.
Outra ação, o Direct Mail, direcionada para o sector empresarial no âmbito de lançamento de campanhas, foi integralmente desenhado na ótica do ciclo de vida do serviço, tendo em conta as matérias-primas empregues, o processo produtivo, o endereçamento dos envios e a gestão do fim de vida.
Este serviço de correio publicitário endereçado e não endereçado (e do correspondente sistema de qualificação/rotulagem ambiental) pressupõe que os clientes expedidores submetem aos CTT os seus mailings candidatos à rotulagem Eco, sendo cada uma das fases do respetivo ciclo de vida avaliada e pontuada, em função do respetivo impacte ambiental. Assim, p.e., é valorizada a utilização de papel reciclado vs papel virgem (o que melhora a utilização de recursos), de tintas de base aquosa vs base óleo, o recurso a gráficas/tipografias para impressão e envelopagem com certificação ISO 14001 ou FSC (com soluções mais eficientes e menos impactantes ambientalmente), a qualidade das bases de dados de endereçamento (no sentido de reduzir extravios ou perdas), a informação constante nos mailings sobre reciclagem do produto final e a facilidade de desassemblagem, no caso de existência de brindes (para melhorar a taxa de valorização de resíduos), etc. Em todas estas situações existem, direta ou indiretamente, ganhos de eficiência, redução de consumos e melhoria da gestão de resíduos.
Caso os requisitos sejam cumpridos, o cliente tem acesso a tarifários específicos mais reduzidos e ao reconhecimento público. Este reconhecimento resulta da utilização do símbolo de Mérito Verde dos CTT, que certifica que a mensagem é mais “amiga do ambiente”. O programa pretende premiar os anunciantes que se preocupam com o ambiente, passando a exibir a certificação Mérito Ecológico dos CTT nas sua campanhas, originado maior notoriedade e maior poder comunicacional. Quase 1/4 do correio publicitário distribuído em Portugal já é DM Eco.
A visibilidade destes projetos forneceu um estímulo para o aumento das receitas de eco-portfólio CTT. Desde o lançamento em 2010 até 2015, a carteira Eco teve resultados económicos muito positivos. As vendas totais para a gama de produtos eco representaram uma receita aproximada de 57 milhões de euros, o tráfego de Correio Verde cresceu 235% e o DM Eco representam 25% do total da receita de marketing direto. No que respeita ao volume de emissões contabilizam-se cerca de 1200ton de CO2 compensadas.