A dessufuração é considerada uma melhor técnica disponível para o controlo de SO2 para a atmosfera e foi instalada, nesta Central, entre 2005 e 2008.
A produção de resíduos de gesso no processo de dessulfuração representa quantitativos anuais relevantes. Para dar uma ordem de valores, nos últimos anos foram produzidas entre 120 a 150 000 ton deste material na Central de Sines.
Existindo procura de gesso pela indústria de gesso cartonado, por reduzir a necessidade de aquisição de gesso produzido especificamente para o efeito e para evitar problemas ambientais da deposição do gesso em aterro, este resíduo começou a ser escoado para valorização nesta indústria. Em 2010, o gesso obteve a classificação como subproduto, o que veio facilitar o seu escoamento.
Atualmente, todo o gesso produzido pela Central é integrado noutros processos produtivos, maioritariamente no gesso cartonado, mas também na agricultura.
Havendo assim procura do gesso para a agricultura, em especial pelo setor vitivinícola para correção do pH de solos, uma parte reduzida dos resíduos de gesso são também escoados para este efeito. Neste caso o gesso é gerido como um resíduo (já que a sua desclassificação como subproduto não abrange este âmbito de aplicação) e as empresas vitivinícolas que o recebem estão licenciadas como operadores de gestão deste tipo de resíduos.
Acresce que estas valorizações do gesso, além da valia ambiental, acrescentam ainda a valia económica direta da redução de custos inerentes ao pagamento da taxa de gestão de resíduos caso se colocasse o gesso em aterro. Acresce ainda os custos evitados de operação do próprio aterro para gesso existente na Central. Do ponto de vista social haverá ainda a considerar, e de forma não negligenciável face aos elevados quantitativos em causa, o emprego indireto associado ao escoamento deste subproduto.